quinta-feira, 12 de agosto de 2010





No calabouço das noites de luas largas 
Sangue escarlate nas artérias silenciosas 
me faz nostálgica de dentes rasgando a carne , 
como o despetalar faminto de rubras rosas 
ensurdeço às súplicas da madrugada 
aos meus instintos implodindo como estrelas à morte 
sou a nau da noite desgovernada , veludo negro , minha própria sorte 
Te adivinho emaranhado aos meus cabelos 
Vertendo secretamente o que atrai e amedronta 
Sussurros agonizando pela fresta do desejo 
Plenilúnios de nós mesmos 
Entorpecimento e afronta! 
Me inauguro nova sobre a tua face rara, 
onde nasço , morro e ressuscito 
Teu maior mistério e enigma recito... 
O bilhete suicida nas mãos em sangue do teu juízo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário